Há milhares de pessoas que adoram campismo ... mas outras nem tanto. Ou porque têm experiências negativas ou porque gostam mesmo de ter todas as mordomias que um hotel oferece, muitas são as pessoas que optam pelas informações que garantem tudo a que têm direito na hora de escolher o destino das férias.
Porém, a junção das palavras camping (campismo, em inglês) e glamour permitiu muito mais do que a criação de uma nova palavra nos dicionários de todas as línguas. Com o aparecimento do conceito de glamping , tudo aquilo que se espera de um empreendimento hoteleiro de qualidade está à disposição dos turistas, mas em pleno contacto e, muitas vezes, fazendo parte do cenário bucólico da natureza.
O glamping permite colocar de lado a ideia de montar uma tenda e dormir num saco cama, no chão, acordando no dia seguinte todo espalmado. Com um conforto equiparado ao dos hotéis de cinco estrelas, esta nova modalidade de fazer turismo oferece camas macias e quartos imbuídos em tendas, em que basta abrir uma porta para estar em pleno contacto com a natureza ... ou simplesmente abrir o teto para poder usufruir da experiência maravilhosa de estar deitado e ver o luar e as estrelas, à noite, com a sua cara-metade.
Na verdade, a possibilidade de haver o glamour e o conforto habitando a natureza faz muito sentido para os amantes desta. Por isso, por todo o mundo têm sido criados espaços inspirados em cenários de vida selvagem como tendas tradicionais da Mongólia ( yurt ) ou como tendências características dos índios americanos das grandes planícies ( tipi ), as mais populares no glamping . Os espaços são, ainda, equipados com mobiliário moderno e elegante e dispõem de todos os serviços na tenda, incluindo muitas vezes uma piscina privada à porta.
Uma experiência na primeira pessoa
Beatriz Neto nasceu numa família onde o contacto com a natureza sempre foi privilegiado na hora de escolher o destino das férias. Com 23 anos, contou à iCliGo Magazine que a sua primeira experiência surgiu através dos pais: “Eles escolhiam os sítios com base numa revista onde sugeriam os melhores locais para acampar (na altura não havia estas acessibilidades) e surgiu lá a ideia de glamping através de um artigo. Experimentamos e posso dizer que foi das melhores experiências da minha vida ”, assegurou. Marcada por “toda a envolvência em si, que é incrível”, a jovem reconhece que “o facto de não termos de ir com 'a tenda às costas' também ajuda”. “O conforto, a dinâmica e toda a envolvência fizeram com que eu quisesse repetir! Lembro-me - tendo em conta que isto já foi há cerca de 8/9 anos - que o que mais gostei foi que nós conseguíamos ver as estrelas dentro da tenda. Isso marcou-me ”.
Até ao verão de 2020, Beatriz já contou três experiências de glamping nas zonas do Gerês e Coimbra. Para quem ainda não conhece este conceito e nunca pôde usufruir da experiência, diz que “é viver para crer”, pois considera que “experienciando o glamping depois não vão querer outra coisa”.
Apesar de ainda recorrer ao alojamento em hotéis, onde tenta “sempre variar um bocadinho”, Beatriz Neto reconhece que os amigos que fez sem glamping são diferentes dos outros: “São pessoas que têm uma ligação com a natureza incrível, que procuram fugir de toda uma confusão e preferem desfrutar do lado mais natural que a vida tem para nos dar ”.
Glamping em Portugal
Portugal é um país privilegiado pela natureza para a prática de glamping e do 'turismo de ambiente'. Além das paisagens capazes de fazer suster a respiração, a heterogeneidade das terras e dos solos faz com que de cada cantinho se espere uma experiência diferente. E o clima ajuda ... muito! Ameno durante grande parte do ano, permite a prática de atividades ao ar livre como caminhadas, canyoning, observação de aves, escalada, mountain bike e muito mais. Do Gerês ao Alentejo, passando pela Zona Centro e Ilhas, são inúmeros os locais onde pode usufruir de uma experiência deslumbrante e inesquecível em Portugal.
Um exemplo disso é o Natura Glamping, que é uma referência a nível mundial, 'competindo' lado a lado com empreendimentos paradisíacos de todo o mundo, como Bali, México ou Indonésia. Situado em Castelo Branco, e com uma vista esplêndida sobre a Serra da Estrela, este parque é constituído por sete domus geodésicos (equiparados a gigantes iglôs) com cerca de 40 metros quadrados e disponibiliza todos os serviços que lhe permitem ser classificado de estância de requinte .
