Foi no final de Fevereiro de 2020 que realizei uma das minhas promessas feitas a mim mesma e à minha filha, que foi visitar os Países Baixos.
Aterramos no Aeroporto Eindhoven, no sul do país e aproveitamos para dar um pulinho ao país vizinho – Bélgica –, que ficava a uma hora de viagem de carro. Passamos pelo monumento símbolo da Bélgica, o Atomium, um gigante de ferro, onde só temos a verdadeira noção no local. Impressionante!
Encaminhamo-nos para o centro da cidade de Bruxelas e descobrimos a Grand Place, onde parámos junto ao Manneken Pis com uma lenda muito engraçada. O merchandising à volta da figura é surreal e descobrimos que existe a menina perto dali, mas mais escondida, a Jeanneke Pis!!

A poucos metros da menina, visitámos a luxuosa Galeries Royales Saint-Hubert, onde se destacam inúmeras lojas de chocolate belga e de waffles. Deixo-vos a imagem abaixo para melhor apreciação.

Seguimos para Roterdão.
O Porto de Roterdão é um dos maiores e mais importantes da Europa, daí a forte ligação da cidade ao mar e o frequente tráfego marítimo.
A cidade parece ser constituída por duas. Mantém vestígios do espólio marítimo e das descobertas dos séculos XV – XVIII, assim como dos bombardeamentos da II Guerra Mundial. Desde então tornou-se uma cidade extremamente moderna e de arquitetura vanguardista. É imperativo visitar as Casas Cubo, tal como as Casas suspensas, pois estão sobre a água dos inúmeros canais que abundam na cidade.
De seguida, deleitamo-nos no Markthal, um mercado gourmet da cidade. Não existem shoppings e este mercado parece um “El Corte Inglês” mas de comida! Encontrei uma loja de comida Portuguesa com artigos como bacalhau, queijo da Serra, natas de Belém, compotas, vinhos e azeite portugueses, que estavam a ser degustados por uma infinidade de culturas. Mas se não for pelo estômago e sim pelo olho arquitetónico vale a pena a visita, pois perde-se no teto deste edifício que também é habitação própria com um sector de apartamentos num andar superior ao mercado.
No entanto, quem pretende conhecer tudo o que os Países Baixos têm para oferecer, tem obrigatoriamente de conhecer um lugar que fica entre Roterdão e Amesterdão e que nem todos conhecem que é Zaanse Schnans.
Usufrui de uma estação ferroviária, a Zaandijk Zaanse Schans, que fica a 20 minutos da estação central de Amesterdão. Mas falo-vos deste lugar porquê? Porque simplesmente é um bairro réplica das vilas da Holanda do séc. XVIII, com as suas casas pequenas e baixas de madeira verdes e os oponentes moinhos de vento extremamente bem conservados. Aliás, dos 11 moinhos, 9 ainda funcionam e podemos visitá-los. As casas distribuídas por todo o complexo albergam tudo o que é de mais típico na Holanda, como os queijos com uma infinidade de sabores, onde encontrámos combinações do famoso queijo Gouda com coco ou molho pesto e onde pudemos fazer degustações grátis. Também tivemos a oportunidade de assistir a uma demonstração do fabrico e propósito dos famosos tamancos holandeses, ou até da história da indústria leiteira. Vimos uma exibição de pessoas com os típicos trajes e, ainda, provámos chocolate quente, panquecas e as famosas bolachas Stroopwafel. Encontrámos, ainda, casas com souvenires como papoilas e o “casal de namorados” da famosa porcelana holandesa de Delft.

Durante as viagens entre os locais (melhor alugar viatura, pois é mais rápido e barato) são inúmeras as plantações e estufas de papoilas em qualquer lugar, demonstrando a importância desta flor que nem é originária deste país.
De seguida, claro está, rumamos a Amesterdão. Esta é aquela cidade em que existe sempre algo de interessante e rico, independentemente dos diferentes motivos que levam os visitantes a conhecê-la.

Seja pelo estilo arquitetónico super pitoresco, com edifícios altos e estreitos, circundados por canais onde a água não sobe devido aos conhecidos diques e tecnologia de construção; seja pela livre circulação até uma determinada dosagem de cannabis, onde as lojas oferecem artigos da maior variedade desta substância que vai desde queques a rebuçados; seja ainda pela conhecida “indústria do sexo”, onde é possível “comprar um momento de prazer, de forma imediata, exposto numa montra como um artigo normal"... Tudo são motivos para conhecer esta cidade em que se destacam a liberdade e a tolerância daquela cultura e sociedade.
Concluindo, são inúmeras as atividades e lugares a visitar nos Países Baixos, pois sendo tão cosmopolita e heterogénea poder-se-á usufruir de excursões nos canais, estufas de papoilas, deambular pelas ruas a pé ou de bicicleta, visitar a casa-museu de Anne Frank, o Palácio dos Reis ou o Museu de Van Gogh.
Hotel recomendado em Roterdão: Hotel Nhow Rotterdam